quarta-feira, 27 de maio de 2009

Côte d'Azur

Ontem chegamos do que os ingleses chamam de holiday (vacations para os americanos e férias para nós brasileiros). Na verdade, foi mais um fim de semana bem prolongado, já que viajamos na quinta-feira e voltamos ontem, terça-feira. O nosso destino foi a Cote D'Azur. Na verdade, o que motivou a viagem foi ir ao Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1, mas acabou que o passeio valeu muito mais do que o grande prêmio em si. Ficamos baseados em Nice, porque em Mônaco seria um pouco complicado com a nossa atual conta bancária. Segundo o Dudu, quando você compra uma Ferrari a diária de Mônaco deve vir de graça, porque o que mais vimos lá foram Ferraris. Mas, como não temos uma Ferrari, ficamos em Nice mesmo.

Chegamos em Nice na quinta-feira bem tarde, então não deu para fazer nada, mas ao sair do aeroporto já sentimos a maior temperatura desde que chegamos aqui na Europa. A sensação de não sentir frio foi excelente. Ao tentar pegar um taxi, com o meu francês quase inexistente (já foi pior, antes era inexistente), tivemos a nossa primeira experiência ruim com franceses simpáticos. Sim, ao contrário do que aconteceu em Paris, conhecemos vários franceses bem simpáticos e prestativos. O problema é que a dificuldade de comunicação acabava nos colocando na maior fria. É mais ou menos como estar perdido em Anápolis e pedir informação para alguém local sobre o caminho: a pessoa vai te tratar muito bem, mas vai te explicar da pior forma e você vai ficar mais perdido do que antes (quem já passou por isto vai concordar comigo). Pois é, mostrei pro taxista o endereço no nosso hotel, mas cometi o erro de colocar o nome do hotel junto. Resultado: ele falou pra gente pegar um ônibus que levaria a gente de graça para o hotel (detalhe, o hotel tinha o mesmo nome que o nosso, mas era o hotel errado). Então, só restou pedir para a recepcionista chamar um taxi para nós e finalmente conseguimos chegar no hotel certo.

No dia seguinte, fomos resolver nossos problemas administrativos (acessar internet, comprar bermudas, porque não estávamos preparados para o calor que estava lá e coisas do gênero). No caminho, vimos a praia de Nice. Já tinham me dito, mas quando você vê uma praia toda de pedregulhos (ao invés de areia) o choque é inevitável (mesmo já tendo visto isto em Barcelona). Mas, isto é compensado pela cor da água, que é maravilhosa. É um azul quase turquesa.

Como a praia não nos impressionou muito e sabíamos que o festival de cinema ainda estava rolando, resolvemos ir para Cannes. Foi aí que tivemos a nossa segunda experiência ruim com franceses simpáticos. Perguntamos no escritório de turismo como chegar a Cannes. A moça, toda simpática, explicou (em inglês, claro, porque meu francês não iria até aí) qual ônibus iria para lá e onde pegar e ainda disse que era só um euro. Ela só esqueceu de dizer que iria demorar mais de duas horas para chegar lá.

Mas enfim, ao chegarmos finalmente em Cannes, podemos dizer que foi legal ver o clima do festival de cinema: a cidade estava simplesmente lotada e toda enfeitada. Só não assistimos o filme do telão que tem do lado de fora do festival, porque não era um filme do festival que estava sendo exibido, mas sim um filme francês antigo. O telão ficava na única parte da praia de Cannes que não estava coberta pelos stands do festival de cinema. Aproveitamos para perguntar se tinha como voltar de trem para Cannes e, ainda bem, tinha e, adivinhem quanto tempo demorava? A resposta é 25 minutos.


No sábado estávamos esperando o Capim, a Érica e um amigo deles chegarem, então resolvemos pegar praia em Nice, mesmo com as nossas amigas pedras. Foi bom porque perdemos o branco Londres. Depois fomos andando até um parque que tem o que eles chamam de ruínas de um castelo (mas na verdade só tem umas pedras amontoadas), mas que fica em um parque bem bonito e com uma excelente vista de Nice. Depois fomos almoçar e passear pela Nice antiga, porque o pessoal não chegava nunca. No fim eles acabaram chegando só à noite (ao invés de na hora do almoço), por inúmeros motivos, mas o principal deles foi o que pareceu ser uma ameaça de ataque terrorista ao estacionamento em que o carro que eles tinham alugado estava estacionado, quando eles pararam em Gênova, a caminho de Nice. Confusões à parte, eles chegaram sãos e salvos a Nice.

No domingo fomos para Mônaco de trem, para o pessoal não ter que acordar cedo para levar a gente, já que eles não íam para o grande prêmio. A corrida em si foi o programa de índio mais caro das nossas vidas, porque eram os ingressos mais baratos, só que, o local em que ficamos não merecia nem um décimo do que pagamos. Foi abaixo da crítica: meio do mato total! Nem arquibancada tinha. Parecia aquele pessoal do Rio de Janeiro que assiste jogo de futebol em cima de um morro ou de uma árvore perto do estádio para não pagar. Mas o pessoal foi encontrar a gente depois do grande prêmio e, aí sim, foi legal. Passeamos bastante em Mônaco e, como a corrida tinha acabado, eles abriram as pistas e pudemos tirar fotos no circuito todo (inclusive do grid de largada, que eu estou com o pé na foto abaixo).


Além do circuito da corrida, passeamos pela marina de Mônaco, com os "barquinhos" dos ricaços e fomos numa praça que tem o Hotel de Paris (chiquérrimo) e o Cassino de Monte Carlo. Os nossos trajes não permitiram que entrássemos no cassino, mas foi legal ver esse cassino tão famoso de pertinho.


Na segunda-feira chegamos à decisão unânime de que tínhamos que ir a uma praia de verdade, com areia. E foi isto que fizemos. Tentamos primeiro uma praia entre Nice e Antibes chamada La Garoupe. Essa praia tinha uma paisagem indescritível, mas era de pedras grandes e com uma faixa minúscula de areia. Então, resolvemos parar numa outra praia, nessa mesma região que se chama Juan-les-Pins, mas que tínhamos visto que tinha areia. Aí sim, pudemos aproveitar uma verdadeira praia.

Depois, para encerrar o passeio de segunda, fomos a uma cidadezinha chamada Biot, que fica numa montanha e é famosa pela fabricação peças de vidro. Gostei de ver uma cidade pequena da França. Além disso, fomos ver como são feitas as peças de vidro vendidas na cidade.

Na terça, fomos com o pessoal para o parque das ruínas do castelo e depois eles nos deixaram no aeroporto. Programa de índio à parte, o passeio como um todo foi ótimo e a companhia do pessoal fez com que fosse melhor ainda. Nos divertimos bastante.

3 comentários:

  1. Poxa, muito legal ... dá até vontade de mudar para Mônaco. :-p

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  2. Uhuuu!!! conseguiram pegar uma praia. Que legal!
    Voces dois estão tão bonitinhos, fantasiados de turistas brasileiros com a camisa da seleção canarinho! hehehe :)
    Bjs, bjs, bjs

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  3. Praia de pedra ninguém merece mesmo!!!
    Saudades de vcs!
    bjocasss

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